O cenário da construção civil na pandemia

O cenário da construção civil na pandemia

Mesmo diante à pandemia do Coronavírus, o setor da construção civil se manteve forte por muito tempo e preservou muitos empregos.

Desde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o mundo vive uma pandemia por causa do COVID-19, diversas medidas foram tomadas para conter o avanço do vírus, como a de o Álcool 70% voltar a ser comercializado por um período de 180 dias (era proibida a comercialização deste produto, pois ele causa risco à saúde física e integridades dos consumidores).

Outras medidas também foram adotadas; agora o uso de máscaras é obrigatório em locais públicos e também dentro de estabelecimentos comerciais, mas a medida que mais refletiu na economia de todos os países foi o decreto de isolamento social e o não funcionamento dos serviços que não são considerados essenciais.

Com as novas condutas adotadas pelos países, o mercado imobiliário, em geral, sofreu bastante impacto, pois imobiliárias não faziam parte desse grupo de serviços essenciais, entretanto, no Brasil o setor da construção civil se manteve forte nesse período, sendo um dos que menos demitiu funcionários e se mostrou muito promissor, prometendo ser um dos que encabeçará a retomada da economia no mundo pós-coronavírus.

Veja, neste artigo, como está o setor da construção civil na pandemia e a importância dele para a população!


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O cenário da construção civil desde o início da pandemia

Em 2019, as projeções para o ano de 2020, relacionado ao setor da construção civil, eram positivas. Este segmento crescia a todo vapor, contribuindo para o PIB (Produto Interno Bruto) e criando diversas oportunidades de empregos para os brasileiros. 

Com a chegada do coronavírus, assim, como os outros setores da indústria, o da construção também sentiu os impactos do isolamento social e do fechamento do comércio; entretanto, esse setor foi considerado como essencial em muitos lugares.

Os maiores impactos  na economia começaram a serem sentidos no mês de abril, um mês após o início do fechamento obrigatório do comércio. Diversos segmentos da indústria demitiram seus funcionários, mas nesse mesmo mês o setor da construção civil foi o segundo setor no ranking dos que mais conseguiram manter os empregos, perdendo apenas para a agropecuária. 

Esse fato não quer dizer que não houve demissões, mas sim que o número foi menor comparado a outros setores. Foi um total de 124.070 desligamentos e 57.128 admissões. Esses dados foram divulgados pelo Novo Caged.

No mês de abril, mesmo a indústria da agropecuária estando a frente nos números do segmento que mais manteve os empregos, o setor da construção civil foi o que mais admitiu funcionários, com uma diferença em 5 mil contratações ― importante ressaltar que a agropecuária desligou menos da metade dos números da construção civil; ela se manteve mais estável.

O retrato do PIB divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é que houve retração no primeiro trimestre de 2,4%, comparando os valores aos do mesmo período de 2019.

Antes disso, o cenário da construção civil era promissor, mas em comparação aos valores do ano passado todo, a retração foi de um por cento, o que foi um resultado muito ruim pois há três trimestres o PIB desse setor era positivo.

No mês seguinte (maio) a situação se mostrou um pouco mais positiva comparado ao mês anterior. Entre contratações e desligamentos em abril, o setor da construção ficou com um saldo positivo em torno de 67 mil empregos; já em maio, também entre contratações e demissões, o saldo ficou em cerca de 18 mil postos de trabalho. Os dados também foram divulgados pelo Novo Caged.

Os números continuam negativos, mas ainda sim a construção se mantém entre as indústrias que mais estão segurando seus empregados.

O setor da construção civil além das construções

A maioria das grandes construtoras continuam funcionando em todo o país, mas o segmento informal, muitas vezes, não teve condições de se manter nesse período, o que alguns profissionais da área acreditam que contribuiu para aumento das estatísticas de retração do setor.

Entretanto, outras áreas da construção, como a dos comércios de materiais para obra, também permaneceram como serviço essencial; isso contribui muito para que os serviços informais ou as pequenas construtoras continuem em funcionamento. 

Mais além das construtoras, a população em geral, por estar tanto tempo em casa, começou a fazer reparos dentro de seus lares, seja para mudar o ambiente ou pela necessidade de adequar o recinto para a prática do Home office

No sul do país, após as fortes tempestades e alta ventania ocorridas na semana passada, diversas casas foram destelhadas, houve danos nas redes elétricas, nos sistemas de internet e também de água e esgoto; os reparos emergenciais não poderiam ser realizados caso essas casas de construção não estivessem abertas.

Esse serviço tem se mostrado extremamente essencial nesse período que vivemos, mas isso não significa que o funcionamento deles não precisa passar por algumas restrições. As recomendações são para todos os funcionários usarem máscaras e ter álcool em gel para eles e para os clientes poderem usar. 

Reflexões no mercado imobiliário

Como já trazido no texto “Novo cenário no mercado imobiliário!”, as expectativas são que no mundo pós pandemia as pessoas procurem por imóveis com mais cômodos e maiores. Mas, o setor da construção também tem trazido alguns desdobramentos para esse mercado, já que muitas obras, mesmo que continuem a serem feitas, estão em baixo ritmo e atrasadas. 

Novos empreendimentos, novas casas e apartamentos, que estão sendo lançados nesse período estão tendo que enfrentar a diminuição da procura no mercado; mas, as expectativas são de que, no futuro, haja uma valorização grande desse setor e ele contribua muito para movimentação financeira no país.

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